Fábrica clandestina: funcionária revela como gin e vodka falsos eram produzidos em MS
Uma funcionária da fábrica clandestina de bebidas, alvo da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), contou à...
Uma funcionária da fábrica clandestina de bebidas, alvo da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), contou à polícia como funcionava o esquema de produção no local, em Terenos (MS). O local foi interditado novamente na quinta-feira (6). A fábrica já havia sido interditada em março de 2023 por irregularidades administrativas. Com novas denúncias, as equipes voltaram ao endereço e constataram que a produção havia sido retomada. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp De acordo com o depoimento da funcionária, as garrafas de vidro eram recicladas e tinham o rótulo original retirado. Depois eram lavadas em tambores com água e detergente, e estocadas sem as mínimas condições de higiene. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Depois, recebiam novos rótulos e passavam por uma máquina que as enchia com a bebida pronta. As bebidas eram fabricadas no próprio local. A funcionária contou que era ela quem misturava os ingredientes. No caso do vinho, eram usados essência de vinho, ácido orgânico, ácido cítrico anidro, sódio e açúcar. Além do vinho, também era produzida vodka aromatizada. O local não tinha autorização para funcionar e não apresentou notas fiscais. O maquinário estava em más condições de uso. Durante a fiscalização, quatro mulheres trabalhavam lavando garrafas recicladas e colando novos rótulos de vodka. Os fiscais encontraram grande quantidade de garrafas lavadas e outras sendo higienizadas apenas com detergente, além de rótulos espalhados e produtos armazenados sem condições sanitárias. A fábrica não tinha responsável técnico, e a origem do álcool usado nas bebidas não foi comprovada. Foram apreendidas oito garrafas prontas para consumo, além de tampas, rótulos e recipientes cheios e vazios. As bebidas estavam sobre a esteira do “forno”, máquina usada para embalar fardos com seis unidades. Parte da produção já havia sido enviada para venda. O dono negou que produzisse ou vendesse as bebidas no local. Ele foi preso em flagrante e levado para a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), em Campo Grande. O local já havia sido interditado em março de 2023 por irregularidades administrativas. Polícia Civil de MS Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: